segunda-feira, 2 de julho de 2007

GÉNESE DE CÁ


A terra cá é quase sempre árida.
Mas nem sempre da cor dos homens de angustia disfarçada, por não terem modos de afastar a ideia do presente dessa aridez e nada mais que o presente…
A terra percorre sazonalmente a solidão dos homens desta terra, que não tendo a mesma cor dessa aridez, disfarçam a angustia e tentam palavrear coisas ao acaso, em surdina, com embaraço, desde que a terra os não oiça e as pessoas também não…
Os homens da minha terra dizem tão pouco e acreditam tanto, que por isso mesmo não têm a cor da aridez da nossa terra, nem esperam que sejam realizados os sonhos que pensam terem sido palavras proferidas por si.
Não!...Não dissemos nada disso!...
Acreditar, acreditam…mas nunca disseram que queriam ter uma terra diferente.
Sabe-se lá o que daí adviria, por gostarem tanto daquilo em que acreditam…
Não!!...Não sentimos nada…mas lá que acreditamos, acreditamos
E os homens da minha terra, repetem esse presente, por se sentirem traídos por sentimentos que venham alterar a rotina do pensamento.

Nenhum comentário: