domingo, 27 de março de 2011

Quando o sol se põe...





Tão perto da eternidade lá junto ao sol
Que imagino ser da cor da felicidade
Deboto as emoções na claridade
Colhendo a luz da saudade
De tempos que lá não vivi
E que imagino claros
Como os olhos
Que nunca vi

sábado, 19 de março de 2011

VAMOS A ISTO...







Ligo a televisão depois de jantar porque é meu hábito ouvir notícias do meu país.O país onde nasci.
Depois penso:
Porque a vida que vivemos é preenchida por acontecimentos em que, umas vezes somos Sujeito, outras Objecto, e fazendo até um esforço de modo a relativizar o determinismo politico, que há quem diga, subverte a liberdade dos governados,dou comigo a estranhar algumas das tais notícias que é habitual serem divulgadas nas horas de maior audiência.
Uma delas trouxe-me para o computador a escrever isto e dizia o seguinte:
«O povo português vai ser chamado a votar em Maio ou Junho…»
Independentemente da razão (causa) que justifica a afirmação da jornalista, que me levaria a corromper este meu espaço de reflexão apolítica, se a ela me referisse, prefiro indignar-me apenas, com a frase que coloquei entre parênteses.
Então não é que tenho andado a massacrar a cabeça dos meus alunos com a história dos gregos, do glorioso principio da nossa civilização, da democracia, da filosofia, da história, abordadas no ponto de vista científico, porque de outra forma não faria sentido e de repente, entro na sala, qual Ágora de todos os ensinamentos, onde a televisão assume um papel fulcral e oiço uma coisa daquelas?
«O povo português vai ser chamado a votar em Maio ou Junho…»?????
Então mas afinal não cabe ao povo tal como foi concebido, ainda em tempo de factores condicionantes da democracia, decidir dos destinos da cidade?
Porque surgem estes sofistas/pedagogos/escravos da nomenclatura política, a anunciar que o povo vai ser chamado a votar em Maio ou Junho ??Porque assume a comunicação social esse papel de 2º poder, influenciando tão duramente a opinião pública de maneira a criar nela uma ideia que a vincule a um comportamento?
Se os meios justificam os fins, neste jogo de difícil equilíbrio cívico em que a cidadania é constantemente atraiçoada pela discrepância de métodos, por parte desses parceiros, neste tabuleiro, que se destruam as regras do jogo e partamos todos para a desobediência.
A Objecto nobre da democracia está ameaçado. A clientela do poder perfila-se. O povo chora e sofre. Por mim, não voto, para já…