domingo, 2 de setembro de 2007

O INFINITO É JÁ ALI...


Há quem percepcione a finitude das coisas e as sujeite a um processo de desgaste excessivamente racional, com repercussões por vezes graves na sua saúde mental e física. Por isso se fala de férias…
Por outro lado há quem converta essa sensação de afunilamento das ideias e efeitos colaterais, apenas, numa reconciliação com a normalidade. É o baixar os braços…
O espaço surge-nos muitas vezes inclinado ou oblíquo, limitando ainda mais a nossa acção, sobretudo quando temos da realidade política, económica, social e religiosa, uma visão rectilínea, conformista e pouco reflectida.
Nesses espaços, muitos de nós aguçamos quotidianamente as garras de predadores irracionais, e caminhamos para o abismo, onde nos aguarda a força das marés, que exercerão o seu poder selectivo.
Proponho neste regresso do espaço das boas vontades por onde andámos, o retomar do caminho da nossa existência/consciência.
Iniciemos pois de novo, mas agora a partir do ponto em que ângulo se fecha, uma nova procura: conscientes, menos vesgos, menos obtusos, menos enviesados.
Mais cultos, mais presentes.

5 comentários:

utopia-x-7 disse...

Já percebi. Tal com imaginámos, vieste cheio de garra. Trouxeste na bagagem o produto da tua contemplação/inquietação, já digerida, reflectida, para nos devolveres.
Sê bem vindo à tua própria casa!
Beijo

Ena Pá! disse...

Vim sempre rondar a tua casa. E é com enorme prazer que assisto ao teu regresso.
Saudações bloguistas

E. Raposo disse...

A parte da renovação eu entendo. Também percebo a coisa de menos vesgos, mais conscientes, menos obtusos e menos enviesados. Contudo, a mim, o que me faz ainda um pouco de confusão é a parte de "mais cultos". Mas não deve de ser difícil, pois não?
Bem "regressado" que já me fazia falta.

Canseiroso disse...

Mais cultos, na medida do reforço da elegância de espírito que obtemos, face à observação de novos espaços e gentes,que se sentem nas suas diferentes formas de agir.
Obervar o outro e sentir a originalidade dos seus gestos é enriquecedor, não concordas inarq?

E. Raposo disse...

Canseiroso
tenho de concordar em pleno contigo.
A observação clara do outro e dos espaços é sempre enriquecedora. Ora pelos seus aspectos positivos, ora pelos seus aspectos negativos. E mesmo esses "negativos", por vezes, enriquecem-nos mais que os positivos.
Ainda poderia acrescentar muito mais (coisa que não o farei, pois não pretendo redigir um tratado).
Bem "revindo", mais uma vez.