quinta-feira, 20 de setembro de 2007

NUDEZ


«Sob o manto diáfano da fantasia
a nudez forte da Verdade»
Eça de Queiroz

Não gosto particularmente de usar frases feitas.
Gosto outrossim de destapar constantemente o manto diáfano da fantasia, por sentir que sob ela se esconde o que quase nunca queremos sentir, olhar, tocar, chamando às coisas amolgadas, coisas mortas ou mesmo estagnadas pela longa efemeridade que as atravessou.
Paradoxos.
Mas ficam tão visíveis os sinais da nossa ambiguidade...
Que ideias, que desejos ou ódios, emergem dos vestígios do nosso esquecimento?
Porque insistimos em viver sem referências da nossa história?

Por mim, acredito que posso vir a acreditar em tudo o que esqueci, mal sinta o efeito da fantasia.

5 comentários:

Ad astra disse...

E o que é preciso fazer, para voltar a sentir o efeito da fantasia?

Canseiroso disse...

Não é necessário fazer nada de especial cara ad astra.
A fantasia está no nosso quotidiano,desde que a este,demos algum espaço de meditação.
E meditar não é nada de especial.
Basta estar em silêncio e respirar, observando a respiração.
Daqui resultará a fantasia da paz.
Também há soluções para a fantasia da guerra, mas essa não a conheço.

Ad astra disse...

Vou seguir os teus ensinamentos
Quem sabe renasce fantasia.

Canseiroso disse...

Se te sentires mal pára... ;)

Bjs

Ad astra disse...

Não me parece, que me vá sentir mal:D
O pior que pode acontecer e que me deixará muito triste, é mesmo não sentir o tal "efeito fantasia", que perdi há uns tempos, e que gostaria de recuperar.

Beijo Bom fds