segunda-feira, 26 de novembro de 2007

DANTE CONVERSA COM VIRGÍLIO

Dante e Virgílio no Inferno
Virgílio que dos céus imaginaste apenas raios
Que de Deus não tiveste o amor e o sofrimento
Romano como Horácio, poetas de Mecenas
Pecadores convictos por Ilíada e Odisseia
De Eneida, tua épica e irmã cara de sonho.

Aguardaste por mim, nos infernos dos justos
Como heróis por encontrar, numa ardente esfera
Das que unem e separam a procura do achamento
E por isso comigo subiste ao Purgatório em espera.

Narra-se que por eu ter fé, me seguiste crendo
Por cada terra e testamento de heroísmo
Crendo na epopeia que fosse luta com Lucífer.
Mas a salvação do poeta exposto em tempos de ti
Era inexistente além do sonho, na comédia em mim.

Um comentário:

utopia-x-7 disse...

Caríssimo canseiroso,
sou oriunda de uma família católica com grande intervenção religiosa na comunidade(-posso dizer-te que, não obstante o meu querido avô materno já ter falecido há 26 anos, ainda hoje não se faz a procissão do Senhor dos Passos sem que o seu nome seja evocado).
Mas mto cedo "descobri a Igreja Envangélica Baptista(denominada "protestante").
Posteriormente enveredei pelo ateismo e agora, como os rótulos são necessários, para os outros ficarem mais descansados, digo-me "agnóstica". O que também não está mal, já que me considero sempre aberta ao conhecimento.
Esta descrição parece-me importante na medida em que, conhecidas as referências e vivências de quem te lê, terás uma perspectiva mais completa sobre o efeito que os teus versos podem provocar.
Para mim não há veículo de comunicação mais eficaz do que a forma poética.
Transmites os teus conhecimentos da forma mais bela.
Bem Hajas por enriqueceres este espaço, sem nunca seres maçador ou pedante.
Um beijo grande