quarta-feira, 23 de dezembro de 2009
NATAL ASSIM...
O menino estendido, o menino deitado, o menino crescido num lugar que é estimado
O poema parece nascer assim, desta frase oportunista, de evocação ao Natal e a todas as venturas, que em muita gente de sorriso amarelo parece esboçar uma tristeza.
O menino cresceu, foi-se habituando, quem sabe se amadureceu, no lugar que foi habitando.
O poema ameaça e continua sem regras, porque é imperativo chegar ao lugar onde viveu o menino, onde umas vezes estendido, outras deitado, cresceu, ora desabituado, ora confuso, ora encantado.
O menino fez-se homem e cresceu, fazendo-se à vida de cadilhos, de normas e brilhos se fez breu, deambulou por muitos sarilhos.
Terá o poema morrido sem ter nascido, por faltar ao homem a imagem de si, perdido em percursos que destruíram a lembrança do lugar onde nasceu ?
Mas o menino que é homem insiste, em querer ser homem com ardor, todavia resiste, pela causa única do amor.
Se o poema é resistência, então que persista, pela perseverança com que na evocação dos santos, se evocam homens meninos, nascidos em lugares estimados, por si habitados, vividos e abandonados
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