O jornal da minha terra é uma delícia.
O jornal da minha terra é um jornal esforçado e persiste nesse esforço, sobretudo quando não tem notícias que mereçam relevo.
Assino-o há muitos anos, porque existe também em mim aquele conformismo típico das pessoas que se adornam de simpatia pelas coisas da terra, mesmo que sintam necessidade de comentar com algum desamor, a inoperância das coisas e a ausência de ideias.
A minha terra tem 50 000 habitantes, poucos como se vê, sobretudo para uma cidade conotada com a universalidade da cultura, mas onde o espírito gregário tem muito que se diga…. Propõe-se na minha terra, inconscientemente até, a normalidade dos comportamentos sem que tão pouco se descortine, alguma intenção menos ética ou mais moral.
O jornal da minha terra existe com esse fim também. Existe e subsiste, procurando com a ternura que o caracteriza, a substância, que consiste numa aparente resistência a todas as tendências que muito deliciosamente, se insinuem
A substância do jornal da minha terra, evidencia-se na folha da necrologia, nos anúncios domésticos, no futebol regional, em muita publicidade e num ou noutro destaque
internacional, que pode vir de Moscovo ou do Bangladesh. Todavia, mesmo por cima, ou ao lado, poderá surgir o queixume de um cidadão mais atento, que chama a atenção para as pedras da calçada arrancadas na rua da Misericórdia, ou ao ruído que os jovens universitários eventualmente provoquem depois da meia-noite.
Ali surge por inércia em relação à mudança dos tempos e forte dinâmica quanto à idiossincrasia de um povo que assim o aceita, tudo o que um jornal não deve ser, pelo que representa de inutilidade, num espaço de cultura como é a minha cidade.
O jornal da minha terra é um jornal esforçado e persiste nesse esforço, sobretudo quando não tem notícias que mereçam relevo.
Assino-o há muitos anos, porque existe também em mim aquele conformismo típico das pessoas que se adornam de simpatia pelas coisas da terra, mesmo que sintam necessidade de comentar com algum desamor, a inoperância das coisas e a ausência de ideias.
A minha terra tem 50 000 habitantes, poucos como se vê, sobretudo para uma cidade conotada com a universalidade da cultura, mas onde o espírito gregário tem muito que se diga…. Propõe-se na minha terra, inconscientemente até, a normalidade dos comportamentos sem que tão pouco se descortine, alguma intenção menos ética ou mais moral.
O jornal da minha terra existe com esse fim também. Existe e subsiste, procurando com a ternura que o caracteriza, a substância, que consiste numa aparente resistência a todas as tendências que muito deliciosamente, se insinuem
A substância do jornal da minha terra, evidencia-se na folha da necrologia, nos anúncios domésticos, no futebol regional, em muita publicidade e num ou noutro destaque
internacional, que pode vir de Moscovo ou do Bangladesh. Todavia, mesmo por cima, ou ao lado, poderá surgir o queixume de um cidadão mais atento, que chama a atenção para as pedras da calçada arrancadas na rua da Misericórdia, ou ao ruído que os jovens universitários eventualmente provoquem depois da meia-noite.
Ali surge por inércia em relação à mudança dos tempos e forte dinâmica quanto à idiossincrasia de um povo que assim o aceita, tudo o que um jornal não deve ser, pelo que representa de inutilidade, num espaço de cultura como é a minha cidade.
6 comentários:
Canseiroso,
não desanime...
e, olhe,
sempre que vou a Évora e arredores, só trago boas recordações...
já lá vai algum tempo... mas já calcorreei os montes circundantes e grande parte dos becos e vielas dessa bela cidade (a correr... Orientação, diz-lhe alguma coisa?)
uma canseira! pois então... rsrs
Bom fim-de-semana
e uma melhor semana
deixo-lhe uma castanha-assada (é tempo delas!)
e um sorriso :)
mariam
ah!
as boas recordações que tenho, também se prendem com a "barriga", a comida é deliciosa, os restaurantes acolhedores (os que fui, pelo menos), o artesanato... coisas...
:)
É claro que a minha cidade é linda. As pessoas também.Mas quando tudo se torna delicioso, parece que se chegou ao fim...
:)
Obrigada pela visita
ahahah...;)
seu chaparro!...;) afinal você saiu-me um homem de letras, com todas as letras! um poeta incompreendido e desanimado, um verdadeiro desenho animado?...;)
Rafeiroso!...;)
Venha daí,
deixe-se dessas merdas, fofo...
Anime-se, com um raio!...
Deixo um beijinho levezinho, da pontinha dos lábios, nesse seu animal, negro e luzidio...;) em cujos olhos dourados reflectida se agita já a seara do acontecimento e seu respectivo contentamento...
Faça-se luz para este alentejano à sombra, na grande trabalhêra do debate intelectual... Seu bronco!...;) se me volta a chamar de desdentada linguaruda, mordo-o!... enfio-lhe o dedo nu...;) no... no nariz!...:) e dou-lhe uma vigorosa e muito feminina joelhada, em cheio lá no meio... quero ver, depois! a fotogenia, o arrojo, a tamanho de que fica a falta de sensatez de tamanha desfaçatez...;)
O padre João afinal é muito sensível e tem um coração do tamanho do mundo (atenção a termo mundo pode significar várias realidades e as dimensões são relativas ao sentido que se pretende atribuir, como por exemplo no caso do mundo atómico ou subatómicos, que se referem a realidades e a contextos perfeitamente insignificantes quando comparados ao mundo dos homens, que não é grande a uma escala gigantesca, como por exemplo a escala universal, que requer novamente a análise do sentido que se pretende atribuir e isto significa que mundo ou realidade universal compreende dimensões que escapam à pequena compreensão humana, quando comparada com um compreensão que consegue abarcar a realidade universal e a imensidão que a comporta e perdi-me, tenho que voltar a trás... só um momento... ah, mas que é consideravelmente composta segundo os nossos critérios de apreciação, que infelizmente ainda apresentam algumas lacunas e não permitem um conhecimentos mais aprofundado das realidades que escapam à nossa própria realidade (a este momentinho desagradavelmente chato chama-se o "eu pain in the ass)) e só morde porque não o vacinaram contra varíola quando era pequenino. Ouça a LLima e faça como eu, renda-se à sua incontestabilidade… Cumprimentos untados para o meu querido presbítero curandeiro, conhecido pelas suas performances bds&m na reunião anual de patologias mentais de vilar de perdizes. Fui-me
Lima e Saulus,obrigado pelo aconchego :)
Quanto a ti caro Saulus, és um tratado realmente... :)
Era o Tucídites a compilar histórias e tu a fazeres molhinhos atómicos.
Mas tem sido um prazer a vossa réplica.
Continuemos
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