E o menino sentava-se no poial da esquina, que enviesava as ruas na sua direcção.
Esperava que os outros meninos chegassem junto de si, antes que passasse a Isabelinha da trança, vinda de uma dessas ruas.
O menino caprichava sempre que saía da escola, de modo a ser o primeiro a ocupar o lugar dos seus sonhos, pois sabia que a menina passava a caminho da última compra da tarde. Seria um ramo de salsa ou mesmo de hortelã do lugar de hortaliças, ou mesmo meia garrafa de azeite da mercearia do Sr. Cesário.
O menino acreditava que o poial que estrategicamente se posicionava na esquina das ruas que a Isabelinha percorreria, o ilibariam de qualquer intenção que não fosse esperar pelos amigos de brincadeira daqueles fins de tarde de início de verão. E era sempre de soslaio que olhava à sua esquerda e à sua direita, num olhar rápido e quase sempre acompanhado de um coçar de orelhas. Fazia-o sentado, porque afinal seria sentado que se deveria esperar por alguém, mesmo que dos outros meninos se tratasse.
E ali se interrogava algumas vezes sobre o esquisito que seria, alguém observá-lo naqueles gestos estranhos, tanto mais que a menina, sendo loira e bonitinha, na sua candura , era o enlevo de toda a vizinhança. Que diriam se soubessem que gostava muito da Isabelinha?
Era um alívio quando os amigos chegavam, pulando quase sempre atrás da bola que os antecedia, ate àquele lugar de encontros e de eternos desencontros. Puxavam por si e arrastavam-no para o rossio, mais parecendo cúmplices da Isabelinha e de si próprio, tal a ironia das coisas pensadas e nunca ditas.
Esperava que os outros meninos chegassem junto de si, antes que passasse a Isabelinha da trança, vinda de uma dessas ruas.
O menino caprichava sempre que saía da escola, de modo a ser o primeiro a ocupar o lugar dos seus sonhos, pois sabia que a menina passava a caminho da última compra da tarde. Seria um ramo de salsa ou mesmo de hortelã do lugar de hortaliças, ou mesmo meia garrafa de azeite da mercearia do Sr. Cesário.
O menino acreditava que o poial que estrategicamente se posicionava na esquina das ruas que a Isabelinha percorreria, o ilibariam de qualquer intenção que não fosse esperar pelos amigos de brincadeira daqueles fins de tarde de início de verão. E era sempre de soslaio que olhava à sua esquerda e à sua direita, num olhar rápido e quase sempre acompanhado de um coçar de orelhas. Fazia-o sentado, porque afinal seria sentado que se deveria esperar por alguém, mesmo que dos outros meninos se tratasse.
E ali se interrogava algumas vezes sobre o esquisito que seria, alguém observá-lo naqueles gestos estranhos, tanto mais que a menina, sendo loira e bonitinha, na sua candura , era o enlevo de toda a vizinhança. Que diriam se soubessem que gostava muito da Isabelinha?
Era um alívio quando os amigos chegavam, pulando quase sempre atrás da bola que os antecedia, ate àquele lugar de encontros e de eternos desencontros. Puxavam por si e arrastavam-no para o rossio, mais parecendo cúmplices da Isabelinha e de si próprio, tal a ironia das coisas pensadas e nunca ditas.
Entre pontapés na bola e muito entusiasmo entre balizas, o menino, deitava um olhar distante, e agora directo para o espaço vazio, por onde iria passar a menina da trança. Sorria por dentro e interpretava o seu segredo, que achava doloroso de reter, mas fascinante de viver, por si e por mais ninguém, pois só ele sabia porque se sentava naquelas tardes de Maio, no poial da esquina das ruas da Isabelinha.
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