Lembro-me do meu pai dizer que devia cumprimentar as pessoas todas.
Eu hoje vejo poucas pessoas a cumprimentarem-se na minha terra, mas se calhar é por se conhecerem mal.
O meu pai tinha uma admiração muito grande pelos Americanos e pelos Russos e recordo-me de engrandecer quer uns, quer outros e eu empolgava-me a ouvir aquilo.
Hoje ponho-me a pensar nisto e esboço um sorriso fugaz. Depressa me emendo pensando no que isso quereria dizer.
Mas como ele me dizia que eu e os meus irmãos devíamos falar às pessoas todas, com respeito e devoção até, como que deixando bem marcada a nossa diferença em relação às pessoas mais velhas que nós, e como tal mais sabedoras, eu achava que tudo era proporcional.
Eu estaria para as pessoas mais velhas, em desconhecimento daquilo que era o que elas sabiam do meu destino, como o meu pai estaria para os americanos e os russos, em conhecimento do que eles representariam de poder, força e grandeza para ele.
Isto levou-me um dia, sem que os meus 10 anos de existência me conferissem alguma habilidade política a perguntar ao meu pai se ele podia com a espada do D. Afonso Henriques. Confesso que não recordo a resposta que ele me deu, mas hoje sei que ele bastar-se-ia perfeitamente para uma espada daquelas.
Eu hoje vejo poucas pessoas a cumprimentarem-se na minha terra, mas se calhar é por se conhecerem mal.
O meu pai tinha uma admiração muito grande pelos Americanos e pelos Russos e recordo-me de engrandecer quer uns, quer outros e eu empolgava-me a ouvir aquilo.
Hoje ponho-me a pensar nisto e esboço um sorriso fugaz. Depressa me emendo pensando no que isso quereria dizer.
Mas como ele me dizia que eu e os meus irmãos devíamos falar às pessoas todas, com respeito e devoção até, como que deixando bem marcada a nossa diferença em relação às pessoas mais velhas que nós, e como tal mais sabedoras, eu achava que tudo era proporcional.
Eu estaria para as pessoas mais velhas, em desconhecimento daquilo que era o que elas sabiam do meu destino, como o meu pai estaria para os americanos e os russos, em conhecimento do que eles representariam de poder, força e grandeza para ele.
Isto levou-me um dia, sem que os meus 10 anos de existência me conferissem alguma habilidade política a perguntar ao meu pai se ele podia com a espada do D. Afonso Henriques. Confesso que não recordo a resposta que ele me deu, mas hoje sei que ele bastar-se-ia perfeitamente para uma espada daquelas.
Americanos e Russos no princípio dos anos 60 imagine-se…Não admira que ele quisesse que falássemos às pessoas todas lá do bairro, até com alguma devoção.
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