Nunca houve uma tradição de ocupação do espaço intra-urbano, por parte de quem vinha para a cidade de Évora em tempos de maior êxodo.
As pessoas provenientes do campo, deixavam os montes e as aldeias e dirigiam-se para as zonas limítrofes da cidade.
Aí se edificavam bairros clandestinos, que passaram a semi-clandestinos, até que foram legalizados, constituindo-se uma cultura extra-urbana muito característica, com hábitos enraizados ligados à vida do campo.
A cidade intra-muros no seu desgaste natural, ia-se dedicando a festejos mais ou menos periódicos, chamando a si os habitantes dos bairros que a cercavam. Eram as feiras, as procissões os sermões e poucas canções.
Nas ruas desta cidade foi vivendo gente que forçava a sua existência, escondendo de geração em geração a ausência de sanitários nas suas habitações, onde as cozinhas eram escuras e os quartos obscuros, onde o sol era ausente e o mobiliário exíguo e suficiente apenas para que se pudesse exibir a toalha de mesa e alguma bandeja de prata sem serventia.
Portas dentro parecia ninguém existir.
Os senhorios vinham de fora. Faziam grande alarde e eram conhecidos como parte integrante daquelas casas de caliça disfarçada com cal, quantas vezes…e que se negavam a recuperar.
E que interessante era conhecer a história dos senhorios das casas velhas das ruas velhas de Évora…
Também as prostitutas eram inquilinas e asseadas nos seus mesteres, não deixando ver por fora o que se passava por dentro.
Excepção feita a casas que deixavam transparecer a sua diferença. Essas pertenciam a uma freguesia com o nome de S. Pedro, o padroeiro da cidade e talvez por isso nunca tenha sido festejado como foi o S.João.
Era a freguesia dos senhores da cidade, que normalmente encabeçavam as procissões ao som das matracas da noite.
Sufocava-se na cidade de segredos insondáveis…e as pessoas foram saindo, saindo….
Hoje quer-se uma cidade nova…
Acusam-se os governantes da mesma pelo que nela se passou. Tarde demais.
O rei ia nu e deixaram-no passar…
As pessoas provenientes do campo, deixavam os montes e as aldeias e dirigiam-se para as zonas limítrofes da cidade.
Aí se edificavam bairros clandestinos, que passaram a semi-clandestinos, até que foram legalizados, constituindo-se uma cultura extra-urbana muito característica, com hábitos enraizados ligados à vida do campo.
A cidade intra-muros no seu desgaste natural, ia-se dedicando a festejos mais ou menos periódicos, chamando a si os habitantes dos bairros que a cercavam. Eram as feiras, as procissões os sermões e poucas canções.
Nas ruas desta cidade foi vivendo gente que forçava a sua existência, escondendo de geração em geração a ausência de sanitários nas suas habitações, onde as cozinhas eram escuras e os quartos obscuros, onde o sol era ausente e o mobiliário exíguo e suficiente apenas para que se pudesse exibir a toalha de mesa e alguma bandeja de prata sem serventia.
Portas dentro parecia ninguém existir.
Os senhorios vinham de fora. Faziam grande alarde e eram conhecidos como parte integrante daquelas casas de caliça disfarçada com cal, quantas vezes…e que se negavam a recuperar.
E que interessante era conhecer a história dos senhorios das casas velhas das ruas velhas de Évora…
Também as prostitutas eram inquilinas e asseadas nos seus mesteres, não deixando ver por fora o que se passava por dentro.
Excepção feita a casas que deixavam transparecer a sua diferença. Essas pertenciam a uma freguesia com o nome de S. Pedro, o padroeiro da cidade e talvez por isso nunca tenha sido festejado como foi o S.João.
Era a freguesia dos senhores da cidade, que normalmente encabeçavam as procissões ao som das matracas da noite.
Sufocava-se na cidade de segredos insondáveis…e as pessoas foram saindo, saindo….
Hoje quer-se uma cidade nova…
Acusam-se os governantes da mesma pelo que nela se passou. Tarde demais.
O rei ia nu e deixaram-no passar…
Um comentário:
Conservar o que conservado está chega a precisar de conserto.
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