quarta-feira, 20 de maio de 2009

AMARAR VINDO DE LÁ....


Aqui tenho dito o que não disse por não ser tempo de contar

Porque ancorado estava nas réstias da vida, que não era minha

Estranhando por ela, sem perceber o sentido que a dita tinha

Entro no estuário feito maré, que para o mar me vai empurrar


Navegando à bolina, que como aqui entrando já mareei

Sinto-me no limbo das fainas justas apenas por ajustar

Onde me sinto crente, orando em visões por realizar

Mar alto de gente, por nada dever a quem nunca amei


A brisa é forte, revigora-me nas ondas, é o cordame ensopado

Enquanto as velas afunilam no ar, ameaçando a minha coragem

Vejo-me estonteado e equilibro-me na ideia de estar a ser amado


Por ti sim!.. A vida sem freio nem guarida não ouso voltar

Vou de regresso a porto seguro, pois me espera fácil ancoragem

Por ali me dirigires cadente, como estrela de universo para amar

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