Aqui tenho dito o que não disse por não ser tempo de contar
Porque ancorado estava nas réstias da vida, que não era minha
Estranhando por ela, sem perceber o sentido que a dita tinha
Entro no estuário feito maré, que para o mar me vai empurrar
Navegando à bolina, que como aqui entrando já mareei
Sinto-me no limbo das fainas justas apenas por ajustar
Onde me sinto crente, orando em visões por realizar
Mar alto de gente, por nada dever a quem nunca amei
A brisa é forte, revigora-me nas ondas, é o cordame ensopado
Enquanto as velas afunilam no ar, ameaçando a minha coragem
Vejo-me estonteado e equilibro-me na ideia de estar a ser amado
Por ti sim!.. A vida sem freio nem guarida não ouso voltar
Vou de regresso a porto seguro, pois me espera fácil ancoragem
Por ali me dirigires cadente, como estrela de universo para amar
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