O silêncio adensa-se com o aproximar da noite.
Inicia-se o processo de adormecimento ou de despertar para a revisão das ocorrências do dia, que durante o dia não foram ocorrências que se pudessem pensar.
A progressiva densidade do silêncio que só se inicia à noite, tolhe-nos de escuridão e submete-nos pela incapacidade de sermos lúcidos no acto de olhar ao que verdadeiramente fomos ou somos.
Porque o olhar é estranhamente omisso quanto à percepção dos reais acontecimentos, por subverter o sentido, que não a forma das coisas, das coisas invisíveis, essas sim, as verdadeiras coisas que nos abrangem, é que a noite é magnânime e simultaneamente assustadora.
Ela revela-nos finalmente.
Transporta-nos para o rigor da independência, do acto de contrição, de exaltação ou regozijo pelos feitos físicos amestrados de que fomos os principais protagonistas, de que fomos servil e inexoravelmente cobaias ou heróis.
Resta-nos o encantador lado místico da noite, onde o escuro é inspirador e terno.
«Yes, We Can...»
3 comentários:
Que bela é a noite, podemos sonhar...;)
hossana...
Canseiroso,
Sobre Obama, já muito se leu, debateu, enalteceu, doirou, esperançou e até já anedotas se contou... não será SuperH concerteza, mas alguma coisa mudará, esperemos... (encerrem Guantánamo e outras vergonhas da humanidade, que as hipócritas reuniões dos G8 comecem a dar frutos palpáveis para os povos em causa... ) , não sei comentar política, sorry!
quanto à perfeição, Canseiroso, e o que é isso?? a minha perfeição não será exactamente igual à sua perfeição ou à de B ou de C...
é Outono! quiçã nada seja perfeito, mas aproveitemos das Estações o seu melhor... ajudará a minimizar e/ou superar, as incontornáveis intempéries...
acho que respondi de alguma maneira ;) de tristezas, já a vida é agreste tantas vezes!
um abraço
e um sorriso :)
mariam
errata: "quiçá" :)
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