quarta-feira, 17 de setembro de 2008

SÍMBOLOS


O Mouro não se esquiva a lamber a primeira pedra que lhe apareça pela frente.
Ei-lo esguio, elegante e sabedor das manhas da sua amiga Lena, que matreiramente o caçou nesta sua necessidade básica.
Não seria ali que ele deveria beber a sua água, mesmo que os 40 graus à sombra obriguem a pouca reflexão. Todavia, aquele lago que já teve um metro e meio de altura, foi todo partido para que agora, apenas com cinquenta centímetros, ele possa transgredir as regras da Quinta à vontade.
É amante da Seara, cadela de poucas falas e muito tino e por isso mesmo o adopto como símbolo universal da indiferença perante os bebedouros públicos.

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