E pronto! Cá está o Natal outra vez a bater-nos à porta por mão não se sabe de quem, emocionando-nos.
Quando digo isto, lembro-me das minhas deambulações pelo Livro do Desassossego, onde me delicio historicamente com aquele personagem que fez tudo para se tornar mítico.
Obviamente que me refiro a Fernando Pessoa e ao seu egocentrismo, num tempo em que ter a mesma reles capacidade que eu tenho hoje para dizer meia dúzia de baboseiras, ele, sorrateiramente, no seu cantinho do século XX, entre grandes bebedeiras, se apoiava no jeitinho que tinha para dissertar sobre coisas como os natais de todos nós.
De facto, lembrem-se de comprar, alugar, ou pedir emprestado o referido Livro e esperem a comemoração de qualquer época que envolva algum sentimento pessoal, que não tem que ser patriótico, mas que também pode ser, e verão que, em qualquer das páginas em que abram o Livro, encontrarão similitude com o momento que quereis comemorar com grande fervor poético.
Está assim implícito no que digo que, não sou do tipo de me sentir mal depois de ler o Livro. Tal como não me sinto mal com a comemoração do Natal, tal como não me custa nada sentir-me com pele de galinha ao ouvir o hino nacional.
Todavia não me deixo intrujar com as lamechices do Bernardo Soares, quando em qualquer das páginas de todo aquele desassossego, se faz um apelo a uma cumplicidade que a loucura daquele cantinho do séc. XX justificaria até ao suicídio, mas que hoje, não passa de um mero exercício semântico.
Nesta obra, ele tão depressa se confunde com o Menino Jesus, como aparece como o próprio Jesus Cristo, suponho eu, já na fase adulta.
Tão depressa é actor, como não é ninguém. Ama e desama.
Uma viagem a Cascais, podia resultar numa espécie de volta ao mundo evocando-se o inerente cansaço que uma volta ao mundo implicaria, quando afinal se tratava apenas de uma ida a Cascais.
Ele de facto não mente, até porque chega a dizer que, «O poeta e um fingidor, finge tão completamente que chega fingir que é dor a dor que deveras sente».
Ele que se dane.
Vou levar o Livro para as merecidas férias de Natal. È a minha prenda a um poeta qualquer, que por não o querer ser, acaba por sê-lo efectivamente.
Bom Natal a todos
Quando digo isto, lembro-me das minhas deambulações pelo Livro do Desassossego, onde me delicio historicamente com aquele personagem que fez tudo para se tornar mítico.
Obviamente que me refiro a Fernando Pessoa e ao seu egocentrismo, num tempo em que ter a mesma reles capacidade que eu tenho hoje para dizer meia dúzia de baboseiras, ele, sorrateiramente, no seu cantinho do século XX, entre grandes bebedeiras, se apoiava no jeitinho que tinha para dissertar sobre coisas como os natais de todos nós.
De facto, lembrem-se de comprar, alugar, ou pedir emprestado o referido Livro e esperem a comemoração de qualquer época que envolva algum sentimento pessoal, que não tem que ser patriótico, mas que também pode ser, e verão que, em qualquer das páginas em que abram o Livro, encontrarão similitude com o momento que quereis comemorar com grande fervor poético.
Está assim implícito no que digo que, não sou do tipo de me sentir mal depois de ler o Livro. Tal como não me sinto mal com a comemoração do Natal, tal como não me custa nada sentir-me com pele de galinha ao ouvir o hino nacional.
Todavia não me deixo intrujar com as lamechices do Bernardo Soares, quando em qualquer das páginas de todo aquele desassossego, se faz um apelo a uma cumplicidade que a loucura daquele cantinho do séc. XX justificaria até ao suicídio, mas que hoje, não passa de um mero exercício semântico.
Nesta obra, ele tão depressa se confunde com o Menino Jesus, como aparece como o próprio Jesus Cristo, suponho eu, já na fase adulta.
Tão depressa é actor, como não é ninguém. Ama e desama.
Uma viagem a Cascais, podia resultar numa espécie de volta ao mundo evocando-se o inerente cansaço que uma volta ao mundo implicaria, quando afinal se tratava apenas de uma ida a Cascais.
Ele de facto não mente, até porque chega a dizer que, «O poeta e um fingidor, finge tão completamente que chega fingir que é dor a dor que deveras sente».
Ele que se dane.
Vou levar o Livro para as merecidas férias de Natal. È a minha prenda a um poeta qualquer, que por não o querer ser, acaba por sê-lo efectivamente.
Bom Natal a todos
2 comentários:
Canseiroso, obrigado por mais uma publicação de mais um trabalho meu, creio que o senhor está em forma, o natal provoca nalguns, o correto sentimento para perfeita deambulação criativa, gostei. Já agora, um par de detalhes, o nome desse trabalho, creio que é de importância vital pois é,....natal e queremos paz e amor na terra o titulo é:FACE DE CRISTO. O meu endereço que está no seu blog está desactivado a partir de hoje. Vai juntamente com este meu comentário o novo, isto é, novíssimo blog, os visitantes podem ver, comentar, criticar (bem ou mal) o importante é ser. Obrigado um abração.
E.....digo mais! as pinceladas não são de óleo, mas sim de, acrílico. Mais um abração, ainda te dou cabo das costelas.
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