quarta-feira, 27 de março de 2013
terça-feira, 5 de junho de 2012
POR CÁ VAMOS ANDANDO...
domingo, 20 de maio de 2012
NÃO SOU SEGURO, NEM GOSTO DE COELHO
terça-feira, 7 de junho de 2011
Cadernos de Hoje: DO GÉNIO (GÉNERO) MASCULINO
terça-feira, 31 de maio de 2011
A RENDIÇÃO...
Nesse desarranjo Senhor, de vestes tímidas de encharcar em nudez, olhamos-te na procura de ideais ou quimeras que sustentem a nossa/tua vontade.
Criaste-nos assim à tua imagem e por isso te tentamos seguir literalmente, mas apenas te conseguimos ocasionalmente, por a tanto nos teres ensinado e talvez por isso em sinal de compaixão, te redimes? Prostrado apesar de altivo e escangalhado na cruz, como rei que nu se expõe à saciedade como tal, calas-te e deixas que apregoemos a vida como se ela nos pertencesse? Mas ela não nos pertence e tu sabes bem disso, melhor que ninguém…
Não ouves o clamor dos incautos?
Não segues os ais dos pais, dos filhos e dos que não são pais nem filhos e mesmo de espíritos que podendo ser santos como tu, como outros homens têm sido, te esperam venerar por obras que cubram de vestes brancas, símbolo da pureza, a dignidade humana?
Acaso te rendes como aqui és, à impiedade dos sofistas a que chamarei políticos, que te despem impiedosamente, despindo-nos a todos nós, subvertendo a capacidade de em ti acreditarmos?
Acaso remetes a nossa existência para as futuras calendas, em que os idos dias de cada mês se transformem e narrem o restolho humano, cujos cadáveres subjazem como símbolos ou troféus daqueles que te amedrontam assim e submetem, e que a nós nem falar???...
Homem, Senhor, ou mesmo «é pá!...» vê lá onde é que nos meteste e interfere educadamente junto do Pai, como é de tradição fazer, se é que ela ( a tradição) ainda se adequa e deixa-te de merdas, porque isto está a ficar sem condições para que a fé tenha lugar na vida dos homens, conscientes de que só através dela (da fé) poderemos continuar a ser o teu rebanho.
E despacha-te porque as eleições são já a 5 de Junho do corrente…
Obrigado pelo sinal
sexta-feira, 20 de maio de 2011
Cadernos de Hoje: DO GÉNIO (GÉNERO) FEMININO
Ainda a manhã não era dita
Pelos homens que fazem os dias
Já de tamanho grande era a esperança
Ao acordar, da mulher que se erguia.
Tamancas nos pés de veludo
Olhar no infinito sisudo
Gestos certeiros em tudo,
Vai ao encontro do homem
que faz os dias, confuso.
Debate-se, é doce, que candura…
Até perfeita seria ela, na bruma
Que a envolve na direção do vento,
Se a lua fosse terrena e sua
Se o homem fosse casto e seu
sexta-feira, 22 de abril de 2011
INTERMITÊNCIAS
Essa diluição em grande parte é justificada por aquilo a que chamo o crescimento dos alunos, que nas suas diferentes fases de formação/crescimento, deixam de precisar da rigidez da postura do mestre. Não precisam nem é necessária, porque esse professor passa a estar perante uma pessoa em formação integral. E digo integral, na medida do seu não distanciamento a tudo que acontece fora do recinto escolar.
Direi que tenho sido sempre para os meus alunos, jovens, adultos e para aqueles que estiveram sujeitos aos condicionalismos do sistema prisional, atento à sua disponibilidade para aprender, mas sobretudo para que descubram o espaço da sala de aula, do recinto exterior à sala de aula, do ambiente social, da intervenção cívica etc.
Direi a este respeito, que é com mágoa, que verifico que professores no auge da sua maturidade, quando podem dar mais e melhor à Escola, são confrontados com a necessidade da aposentação, face à desconformidade das condições que permitam a sua continuidade na Escola em condições especiais, estatuto em que me enquadrarei brevemente, mas enfim…
Eis todavia, que há cerca de 3 anos alguém me falou da Universidade Sénior, como espaço de partilha de saberes, promovida pela Fundação Eugénio de Almeida. Fui até lá e inscrevi-me.
Fiz o meu acesso como docente, não sem que o fizesse com algum receio, na medida da expectativa que criei acerca da expectativa que os alunos daquela Universidade teriam sobre o meu tipo de «ensino». A minha proposta foi intencionalmente desajustada dos preceitos da Academia, muitas vezes redutora na sua prática universitária, consequentemente pouco universal. Por outro lado, procuro que seja necessariamente abrangente como um mar de emoções entre pessoas que se diluíssem naquela prática partilhada.
Entrei prosseguindo a minha área de formação, a partir das Ciências Sociais e Humanas, sem que a História, a Geografia, a Filosofia, a Psicologia, a Economia etc, deixassem de ser a alma desse espaço de reflexão, contrariando assim o que erradamente se entende ser a ciência pura aplicada às Ciências Sociais e Humanas, limitada que é muitas vezes, à utilização dos métodos quantitativos.
A prática do Sujeito, naquelas reuniões a que se chamam aulas, em que cada um de nós intervém com a sua experiência, sabedoria empírica ou científica, na descoberta ou confirmação de Verdades que nunca se querem absolutas, tem sido para mim de uma riqueza que não dispensa um aplauso a todos quantos participam nesta actividade .
A sensação com que ficamos, no fim de cada reunião semanal, é a de que tínhamos na ponta da língua tudo aquilo de que falamos durante aquela hora, e que não conseguimos dizer a ninguém, só porque ninguém estava perto de nós, quando quisemos partilhar aquele pensamento.
Afinal, tem sido assim na minha actividade docente fora da Universidade Sénior, com os meus alunos e passou a ser agora com os meus amigos seniores.
A descoberta da Verdade, através de um pequeno empurrão que damos uns aos outros, num acto de enorme solidariedade, que tanta falta faz nos tempos que correm.
Na descoberta dessa Verdade todos somos simultaneamente Sujeito e Objecto sem nunca esquecermos que a generosidade e a gratidão constituem a síntese muitas vezes feita de confronto entre os interesses aparentemente antagónicos.E eis as mentalidades.
Participar com a Universidade Sénior e sua coordenação, com os meus companheiros de «conspiração académica» tem sido para mim um prazer que pretendo continuar e divulgar.
Parabéns a todos